Diferença entre homens e mulheres

Uma caçadora da pré-história humana segurando uma lança
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Qual a diferença entre homens e mulheres?

Nos últimos dias minha esposa e eu temos conversado sobre uma polêmica que está rondando a internet... Aliás, nós frequentemente temos estas conversas filosóficas sobre os mais variados assuntos. Mas frequentemente a dinâmica humana no planeta Terra volta a ser centro das nossas conversas e debates. Nestas ocasiões eu me sinto como aqueles pesquisadores que investigam o mundo animal, como naquele programa da BBC; "Planeta Terra", apresentado pelo brilhante Sir David Attenborough.

A polêmica em específico trata de um "coach" vendendo os "segredos" de como "homens" jovens devem se portar em relação ao sexo oposto. Não vou entrar muito no mérito dessa polêmica e nem sobre tudo o que há de errado sobre o que esse suposto "coach" fala. Ao invés disso vou me limitar a dizer que não só as ideias que ele dissemina sobre a relação entre os genêros masculino e feminino estão completamente erradas bem como ele ignora os demais gêneros existentes; conforme minha esposa prontamente me lembrou durante nossa conversa, e ainda coloca a sua própria idealização do genêro "feminino" como inferior ao que ele considera "masculino".

Capa do livro Direitos iguais, Rituais iguais
Eu sempre fui um defensor dos direitos iguais entre os genêros, mesmo antes de ler "Direitos iguais, rituais iguais" de Terry Pratchett. E ao longo dos anos, as minhas leituras de artigos ciêntificos e análises de achados fósseis apenas comprovou o que eu já suspeitava: não há nada biológico que distinga de forma intrinseca o que homens e mulheres podem fazer, como devem se portar ou mesmo se relacionar sexualmente. Enfim, todo regramento do que o indivíduo humano deve fazer é uma invenção social e varia conforme a sociedade e a época em que vive e, principalmente, varia conforma as necessidades restritivas de cada época.

Com isso quero dizer que aquela versão romantizada defendida por alguns arqueólogos do século passado, de que as mulheres cuidavam da caverna enquanto os homens saíam para caçar era uma visão completamente incorreta e criada com base nas crenças dos próprios arqueólogos e não em envidências ciêntificas.

Hoje sabemos que as mulheres não apenas podiam caçar como podiam inclusive liderar seus pequenos clãs, formados por sua família e indivíduos agregados.

A única distinção que podemos citar entre a biologia de homens e mulheres é o fato de que as mulheres engravidam e dão à luz novos seres humanos. Mas isto era visto na pré-história humana muito mais como um dom "sobrenatural" das mulheres que lhe conferia importância na comunidade do que como uma fraqueza.

Falando em fraqueza, as mulheres não são nada fracas; e achados fósseis comprovam isso: mulheres e homens precisavam lutar contra animais ferozes, andar quilometros por dia, e sobreviver em um mundo hostil repleto de perigos. A fraqueza era punida com a morte e os indivíduos que sobreviviam eram muito, muito fortes.

Dado a minha linha de pensamento, nunca vi muito sentido em dividir os esportes em masculino e feminino. Quando falo isso, muitos argumentam que os homens são mais fortes e por isso possuem vantagem sobre as mulheres. Sempre achei esse argumento risivel, visto que muitos homens em um mesmo esporte são muito mais fortes que outros no mesmo esporte, bem como algumas mulheres são mais fortes que homens na mesma categoria de peso. Ou seja, acredito que força é muito mais uma característica individual que efetivamente de gênero (conforme fatos, pesquisas e exemplos práticos apontam).

Voltando para o polêmico "coach" que ensina os "homens" jovens a forma correta de se relacionar com as mulheres, a base do seu argumento é a de que o gênero masculino possui superioridade sobre o gênero feminino. Então é claro que quando minha esposa veio conversar comigo sobre esse assunto, minhas entranhas se retorceram com o tamanho da ignorância disseminada na internet por pessoas como esse "coach". Fiquei ainda mais abismado em saber que pessoas como esse indivíduo conseguem uma ampla "platéia" e até mesmo pessoas que compram o seu "curso".

Hoje em dia há estudos ciêntificos que mostram que estavamos errados sobre a nossa visão sobre a pré-história humana e sobre o papel dos gêneros masculino e feminino naquele período, sem falar sobre os gêneros que não se enquadram nessa definição binária e pura e estritamente biológica. O que dizer então sobre o mundo contemporâneo, onde esse pensamento equivocado ainda persiste?

Uma caçadora da pré-história humana segurando uma lança
Os recentes achados ciêntíficos são um motivo para nos questionarmos sobre a superioridade do gênero masculino sobre o feminino. Porém, há um motivo ainda maior para questionarmos essa suposta superioridade, que é o fato de que a "superioridade" não existe de fato.  Ambos os gêneros (sem falar dos gêneros que não se encaixam nessa definição binário) são resultado do mesmo processo de evolução biológica, ambos são necessários para a manutenção da espécie e possuem uma ou outra função biológica específica (as mulheres, por exemplo, engravidam e os homens são férteis por toda a vida caso mantenham-se saudáveis para tanto).

Sobretudo, ninguém deveria achar minimamente atraente a ideia de superioridade entre pessoas. Este pensamento não é apenas odioso, como perigoso, e é a semente ideológica que se usa para "programar" pessoas para acharem tolerável o extermínio de outras pessoas. Sendo assim, ainda que a diferença entre os gêneros fosse relevante (o que não é), poderíamos no máximo tratar as diferenças como diferenças, e não qualidades ou defeitos. As diferenças devem ser respeitadas e compreendidas. Mas sinceramente não consigo deixar de pensar como é bizarro tratar como "diferente" alguém da mesma espécie, me baseando pura e simplesmente em gênero biológico.

Não obstante as poucas particularidades entre os gêneros biológicos, nada limita qualquer dos gêneros no que diz respeito a comportamento, inteligência, força, resistência, etc. Na verdade, esse conjunto de atributos é muito mais resultado do estilo de vida social e cultural a que os indivíduos humanos tem acesso do que a sua biologia.

Sem contar que estudos recentes comprovam que a epigenética possui muita influência sobre o dna das novas gerações, que nos faz concluir que o estilo de vida de uma sociedade também impacta na formação dos "filhos dessa sociedade". Mas deixo para discorrer sobre isso em outro momento...

Pensei então em resgatar um antigo texto meu (que havia publicado em 8 de novembro de 2020 em outro blog que eu mantinha) e republicá-lo aqui, pois acredito que o texto ainda é válido e pode contribuir sobre esse assunto.

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Caos Diário

08/11/2020


Andei tendo uns dias muito corridos e com isso eu produzi pouco (quero dizer; pouco do ponto de vista literário).

Por isso vou falar hoje mais com o meu lado cientista do que com o lado de escritor, e quero te alertar para algo: Você é um tipo de computador baseado em carbono e, acredite se quiser (ou não), mas você está sendo programado desde que você nasceu. E se não tomar cuidado, a qualquer momento você irá acreditar que a Terra é plana…

Vou voltar para o dia 06/11/2020 e contar um pouco sobre como foi o meu dia e você entenderá o que eu quis dizer acima.

Dia 06/11/2020


No fim da tarde eu tirei algumas fotos (minha filha me ajudou com essas fotos) para dar uns retoques no Blog. Trabalhei nessas fotos e no Blog em si, até ficar satisfeito com o resultado. Quando terminei, já havia anoitecido. As vezes eu esqueço como esse tipo de trabalho é demorado; você usa uma foto e percebe que ela não está boa, e aí você à edita, muda a iluminação, e quando fica satisfeito com ela, percebe que destoou do resto e que você vai precisar mexer em outras coisas também. É como uma reação em cadeia incontrolável.

Quando percebi, eu havia criado até umas tirinhas para divulgar o Blog lá no meu instagram.
Agora que eu consegui deixar a casa mais ou menos em ordem no site, a minha meta é terminar de escrever o capítulo 3 de "Rei Ladrão & Lâmina Randômica em o Rapto do Hoxoxóvis Dourado" para atualizar lá no Wattpad.

Quando finalmente dei o dia de trabalho por encerrado, algum documentário que eu assistia me fez lembrar de uma conversa que tive mais cedo…

Mas eu comecei a contar as coisas sobre este dia de trás para frente. O assunto que rendeu uma boa filosofada aconteceu mais cedo, na hora do almoço mais especificamente…

Minha irmã veio me visitar e ela acabou almoçando conosco.

Graças a ela eu tive a ideia de escrever as minhas receitas especiais.

E o que as minhas receitas tem de especial?

Elas são rápidas de fazer; o que é ótimo se você está fazendo Homeoffice e não tem tempo para cozinhar nada mais elaborado.

Veja você, mesmo eu sendo um homem, preciso me preocupar com coisas como cozinhar, lavar louça e outras coisas desse tipo. E o que isso tem de especial?

Absolutamente nada, na verdade. É algo normal e corriqueiro como escovar os dentes e tomar banho. Mas acontece que antigamente dizia-se que esse tipo de tarefa (cozinhar, lavar a louça, entre outras tarefas domésticas) são tipicamente tarefas femininas.

Além disso, também dizia-se que certos aspectos comportamentais também são mais típicos de um ou de outro gênero.

E qual é o problema disso?

Primeiro que isso é uma grande mentira e segundo: mesmo hoje muitas pessoas ainda acreditam nessa mentira.

Conforme minha irmã e eu conversamos, entramos sem querer neste assunto sobre gênero: ela dizia acreditar que a maioria dos homens são mais frios que as mulheres.

Claro, eu disse a ela o quanto esse pensamento está errado, o quão carregado ele está de machismo estruturado, o quanto aquela ideia era fruto de uma crença cultural, e como a realidade estava distante disso.

Homens podem ser sensíveis, mulheres podem ser frias, e ambos caçavam na idade da pedra. E isso nada tem a ver com seus gêneros.

Por fim, fiquei de mandar alguns artigos que li a respeito do tema para ela. Também recomendei um livro muito importante sobre o assunto: O Sexo Invisível de Olga Soffer.

Capa do livro o Sexo Invisível
Aqui, uma nova idéia de mulher pré-histórica é desenhada e implicações provocativas sobre questões contemporâneas de gênero são levantadas.

E como a inteligência artificial das máquinas está nos vigiando faz tempo, o Feed de notícias do meu smartphone me recomendou mais um artigo recente sobre este assunto:

Uma caçadora na América do Sul Pré-Histórica usando uma lança para caçar


Existe um "pensamento sobre gênero" enraizado na cultura popular. Uma crença de que algumas coisas são de meninos e outras coisas são de meninas. Por exemplo: "azul" é de menino e "rosa" é de menina, "ser frio" é de menino e "ser sentimental" é de menina, "ter cabelo curto" é de menino e ter "cabelo comprido" é de menina, etc.

Toda essa crença em torno dessas regras aplicadas aos gêneros é uma construção cultural, ou seja, ela é uma crença que não é fundamentada na biologia do ser humano, e sim conveniências culturais.
O maior exemplo disso é a cor azul e rosa. Acontece que o uso de cores nas vestimentas humanas sempre mudou ao longo do tempo e conforme as culturas humanas também mudavam. O uso de rosa para meninas e azul para meninos é algo que se tornou comum no Ocidente apenas nas últimas décadas. Mas nem sempre foi assim…

Tomemos como exemplo o parágrafo abaixo:

Capa da revista de moda infantil americana, a Earnshaw, mostrando duas crianças, uma com um vestido azul e outra com vestido rosa
"A regra geralmente aceita é que rosa é para os meninos, e azul para as meninas. O motivo é que o rosa, sendo uma cor mais decidida e forte, é mais apropriado para meninos. Enquanto o azul, que é mais delicado e gracioso, é mais bonito –para a menina."

Este parágrafo foi publicado em 1918 em uma revista de moda infantil americana, a Earnshaw, voltada para profissionais da área. E eu retirei esse exemplo de um artigo da BBC que fala exatamente sobre este exemplo da Cor Azul e Rosa estarem relacionadas aos gêneros de forma equivocada.

Eu recomendo muito a leitura desse artigo.

Também há a grande questão sobre a divisão de tarefas entre homens e mulheres na pré-história (tema de que trata o livro "O Sexo Invisível"). Bom, acontece que os arqueólogos do século passado que faziam descobertas de vestígios humanos antigos aplicavam as suas crenças atuais sobre a divisão de tarefas entre homens e mulheres às suas descobertas e, por isso, logo imaginavam que as mulheres da pré-história ficavam nas cavernas cuidando das crianças enquanto os homens saíam para caçar. Bom, lamento informar àqueles que sempre tiveram essa imagem muito bem gravada no fundo de suas mentes, mas isso não passa de uma grande bobagem. Acontece que as mulheres também saiam para caçar junto com os homens; e haviam muitos bons motivos para isso. Para começar, as pequenas tribos humanas (quase sempre formadas por membros de uma mesma família mais alguns agregados; algo muito parecido com o que acontece com as alcatéias de lobos) não dispunham de pessoas o bastante para se dar ao luxo de escolher quem iria fazer qual tipo de serviço. Nesta situação, todo mundo tinha que trabalhar duro para ajudar a manter a tribo viva; e isso significava que mulheres e até mesmo crianças saiam para caçar.

E antes de pensar em algo como "mas que mundo cruel e covarde era esse que colocava mulheres e crianças para fazer o trabalho de um homem", lembre-se que este pensamento não é seu, ele foi implantado em sua cabeça pela cultura na qual você vive. Se você pensar usando seu raciocínio e as evidências disponíveis, verá que as mulheres e crianças eram tão capazes de caçar quanto qualquer homem e, a maior prova disso é que a espécie humana não foi extinta.
Um casal de caçadores da pré-história parecidos com os bárbaros das histórias de Espada e Feitiçaria

Na verdade, as mulheres desempenhavam muitos papéis importantes naquela fase em que a humanidade se encontrava. E, se por um acaso a civilização humana despencar novamente em uma "nova" pré-história, tudo voltará a ser como antes. Afinal, quando a questão é a luta pela sobrevivência, pouco importa quem vai vestir rosa ou azul, ou quem vai enfiar a lança no pescoço da carne que vai forrar os estômagos dos famintos humanos; desde que alguém o faça, é tudo o que importa.

E hoje há tantas evidências disso; de mulheres desempenhando o mesmo papel dos homens na juventude dos tempos, que é até engraçado escutar coisas como "a mulher é o sexo frágil".
Na verdade não é só na pré-história que essas evidências podem ser encontradas. Basta uma rápida olhadela no mundo atual para ver que as mulheres fazem tudo que o homens também fazem. Já vi (em documentários) muitas atletas de Bodybuilding que são tão grandes quantos atletas masculinos. Há muitas mulheres disputando provas de força, velocidade e explosão que não deixam nada a desejar aos atletas masculinos. E a diferença de desempenho entre os gêneros não é tão diferente quanto a diferença de desempenho entre atletas do mesmo gênero e que se encontram em categorias diferentes.

Voltando ao passado, basta uma rápida busca no Google sobre a verdadeira história das mulheres na pré-história, para encontrar artigos como esses:

Uma guerreira da pré-história parecidos com os bárbaros das histórias de Espada e Feitiçaria
Diante de toda a informação cientifica sobre Biologia disponível nos dias atuais, e das evidências arqueológicas, e dos exemplos contemporâneos, é engraçado que ainda persistam na cultura popular regras como "azul para meninos e rosa para meninas", "homens são mais frios e mulheres mais sensíveis" ou até mesmo "homens são mais fortes e mulheres mais fracas fisicamente". Na verdade, isso é o equivalente a acreditar nos dias de hoje que o planeta Terra é plano.

Essa pequena lista de artigos já é suficiente para repensar as crenças sobre gêneros (e que não passam de "folclore" disfarçado de conhecimento, o qual é usado pelos mais velhos para garantir que os mais novos deem continuidade a uma tradição de crenças).

A minha irmã, claro, é uma pessoa inteligente. A maioria das pessoas são muito inteligentes, se você pensar bem. Ainda mais nos dias de hoje, em que há grande disponibilidade de tecnologia e grande parte da população vive com um computadorzinho bem avançado o tempo todo na palma da mão (o famigerado SmartPhone). Então porque a minha irmã, e possivelmente 99% da população ainda acreditam em coisas infundadas como "azul é de menino" e "mulheres possuem são melhores em cuidar de crianças"?

Uma pintura retratando uma família pré-histórica mostrando que não haviam distinção entre os sexos, por exemplo quando os membros de uma família precisam proteger uns aos outros dos perigos
Os autores do estudo argumentam que a igualdade sexual pode ter provido uma vantagem evolutiva para as primeiras sociedades humanas, como teria fomentado uma mais abrangente rede social.

A resposta para isso é que, as pessoas são exatamente como os Smartphones delas: veja, um Smartphone, como o próprio nome diz, é um telefone muito esperto, muito inteligente, com muitas capacidades inatas já instaladas de fábrica nele. Mas acontece que eles são computadores programáveis e, não importando o quão espertos eles são, se forem programados da maneira errada, irão usar as suas "capacidades" da maneira errada e até mesmo com propósitos errados. Pessoas também são programáveis, não importando o quão espertas elas sejam, a suscetibilidade à programação é inerente à sua biologia. E para dizer a verdade isso pode ser muito bom. É em parte por causa desse poder de ser "programável" que os seres humanos chegaram tão longe em sua história evolutiva. Isso porque filhotes "programáveis" são fáceis de ensinar e irão aprender mais rapidamente o que precisam saber para se virar no mundo quando adultas.

Descoberta aponta grande presença de mulheres caçadoras na América pré-histórica
Descoberta aponta grande presença de mulheres caçadoras na América pré-histórica

Acontece que, se pais inteligentes educam bem os seus filhos, estes mesmos filhos não precisarão descobrir do zero toda aquela informação que os pais já lhes deixarão de bandeja. Veja, é uma grande arma evolutiva. E como essa programação funciona? De várias formas. A cultura é uma delas: sendo que cultura é o conjunto de crenças, ideias e conhecimento comum compartilhado por um grupo de pessoas. A cultura pode englobar desde: se você apontar o dedo para uma estrela vai ficar com uma verruga no dedo, rosa é de menina, a Terra é plana, etc. Até mesmo: escorpiões são perigosos, o sol sempre nasce no Leste, e morangos são comestíveis.

Acontece que esse super poder (o de ser programável) é uma arma de dois gumes, pois as pessoas podem tanto nascer em uma cultura cheia de informações realmente úteis e verdadeiras, como podem nascer em uma cultura cheia de informações equivocadas, irreais, nocivas, como também podem nascer em culturas em que há tanto conhecimentos uteis e inúteis, os quais são repassados de geração para geração.

Mulheres na pré-história eram insanamente fortes
Mulheres na pré-história eram insanamente fortes

O que devemos aprender com isso tudo é que devemos sempre questionar de onde vieram as nossas crenças, as nossas convicções, as nossas "certezas". O conhecimento que temos sobre algo nos foi ensinado ou nós descobrimos sozinhos? Nos foi transmitido de alguma forma? De que forma? Por quem? Eu penso realmente isso ou só estou repetindo o que me disseram? Alguma vez eu já tentei descobrir por mim mesmo se isso é verdade? Que provas? Que evidências? Que fatos sustentam tal crença? Sempre foi assim? Ou as coisas já foram diferentes ao longo da história? Se já foi diferente, pode mudar novamente?

as mulheres pré-históricas tinham braços mais fortes que até mesmo os das campeãs de remo dos dias de hoje
as mulheres pré-históricas tinham braços mais fortes que até mesmo os das campeãs de remo dos dias de hoje

Ou seja, por mais que sejamos máquinas de carne programáveis, nada nos impede de questionar a nossa própria programação para nos certificarmos de que concordamos com ela ou se vamos preferir nos reprogramar e, com isso, nos libertar da Matrix.

Mas saiba que homens que se esforçam muito para parecerem frios, muito provavelmente são justamente o oposto. Afinal, "Homens de Gelo" costumam se derreter por qualquer motivo.

Acredito que se você leu esse longo texto até aqui, já sabe que a resposta para a pergunta do título é: nenhuma, não há diferenças significativas entre homens e mulheres, afinal qualquer que seja o seu gênero, você ainda é um Homo Sapiens Sapiens e, feliz ou infelizmente sua capacidade de ser livre para escolher e fazer o que quiser é no mínimo incalculável.