Homens! Raça de Crocodilos!

 

Um homem hibrido de crocodilo, com olhos malignos

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"Não percebe? Ora, aquela criatura humana que vai morrer está furiosa porque seu semelhante não vai morrer junto com ela; se pudesse, rasgá-lo-ia com unhas e dentes para impedir que este desfrutasse da vida de que ela vai ser privada. Oh, homens, homens! Raça de crocodilos!, como diz Karl Moor — exclamou o conde, estendendo os dois punhos para aquela multidão —, que reconheço bem à minha frente e que ao longo dos tempos nunca deixam de fazer jus a si mesmos!"

— Alexandre Dumas (O Conde de Monte Cristo)

Dando continuidade ao registro dos Quotes (citações) que estou fazendo de O Conde de Monte Cristo usando a plataforma Wombo para criar imagens usando Inteligência Artificial.

Eu já comentei em algum post que a passagem do carnaval romano em O Conde de Monte Cristo é uma das mais sombrias. Isso se deve ao fato de Alexandre Dumas usar os capítulos que compõe essa passagem para demonstrar como Edmond Dantes vê as pessoas; a humanidade, com todos os seus defeitos cruéis e covardes.

Saturno devorando um filho, de Francisco de Goya

O que eu gosto nessa passagem, é que ela me lembra de um quadro clássico: Saturno devorando um filho, de Francisco de Goya. Eu não sei porque essa citação me faz lembrar especificamente desse quadro, mas faz. Talvez seja pela ideia que o Conde passa ao dize que a humanidade é uma raça de crocodilos e sua descrição de como o prisioneiro agiria se pudesse; ransgando a carne de seu semelhante com unhas e dentes para impedi-lo de desfrutar a vida que ele mesmo não poderia.

Enfim; é um quadro assustador e um texto igualmente assustador e, convenhamos, ambos são bastante adequados para retratar um dos muitos aspectos sombrios da humanidade: a capacidade de destruir seus semelhantes para benefício próprio, sejam lá quais forem esses benefícios.

Um homem hibrido de crocodilo, com olhos malignos