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Como escritor de fantasia sombria, gótica, mistério e termos afins, estou sempre lendo obras que pertençam a esse amplo universo literário.
Recentemente comecei a ler Drácula, de Bram Stoker e embora eu já tenho alcançado a metade do livro (após muitas transfusões de sangue que chegaram a me deixar aflito), eu resolvi intercalar essa leitura vampírica com um outro livro muito preciso que tenho em minha coleção: Histórias Sobrenaturais de Rudyard Kipling.
Eu gosto muito de ler contos. Tenho algumas preciosidades em casa, como Kwaidan; O Rei de Amarelo; Histórias Sobrenaturais de Rudyard Kipling; As mil e uma noites; Doctor Who: 12 Doutores, 12 histórias; Conan, o Bárbaro e Clássicos Japoneses Sobrenaturais, sendo esse a minha aquisição mais recente.
Pode ser que eu tenha mais alguma coletânea de contos além dessas, mas não me recordo agora e na verdade isso não é relevante: só estou me exibindo aqui, afinal. Alguns desses livros eu apenas arranhei e outros eu li completamente.
De todos eles, eu tenho um maior carinho por Histórias Sobrenaturais de Rudyard Kipling, pois foi o primeiro livro de contos sobrenaturais que li quando ainda era um pré-adolescente. Lembro que na época eu só havia lido algumas das histórias, após o que precisei devolver o livro para a biblioeteca da escola onde eu estudava. Na época eu prometi para mim mesmo que iria comprar esse livro um dia e ler todos os contos. Eu falo mais sobre essa escola em outro post, que se você quiser ler, basta clicar nesse link que vai abrir a postagem em outra aba.
Pois bem, faz alguns anos que comprei o livro, mas ainda não li todos os contos. Como estou precisando estudar mais sobre a escrita de contos, resolvi escolher esse livro para intercalar com a minha leitura gótica de Drácula.
O primeiro conto dessa coleção é "O Sonho de Duncan Parrenes".
Você já imaginou como seria receber a visita de um fantasma do seu próprio futuro? E se esse fantasma te revelasse algo sobre as mulheres que mudaria a sua vida para sempre? Essa é a premissa do conto O Sonho de Duncan Parrennes, uma obra-prima da ficção fantástica de Rudyard Kipling, que se inspirou em Charles Dickes com sua obra "Uma canção de Natal". Creio que Dickes inaugurou o costume de se publicar histórias de fantasmas no natal pelo que li no prefácio desse conto na coleção que tenho em casa.
Esse conto é sobre um homem que é visitado por um fantasma durante a noite, mas esse fantasma é uma versão dele mesmo no futuro. O personagem Duncan possui problemas relacionados à confiar nas mulheres e a sua versão do futuro diz que ele precisa confiar nas mulheres: em resumo é a mensagem que ele veio trazer para o Duncan do presente. Antes de ir embora, a versão velha e aparentemente judiada por anos de sofrimento, deixa como presente para o Duncan do presente um pedaço de pão seco.
O conto é considerado uma das primeiras obras de Kipling, publicado em 1884, quando ele tinha apenas 19 anos, no jornal Civil and Military Gazette1. Ele foi inspirado por autores como John Bunyan, William Shakespeare, Sir Walter Scott e Edgar Allan Poe2. Kipling usa uma linguagem rica e poética, que cria uma atmosfera envolvente e sombria. Ele também explora temas como o destino, a confiança, o amor e a morte.
O Sonho de Duncan Parrennes é um conto que te fará refletir sobre a sua própria realidade e as suas escolhas. Ele te mostrará como um simples sonho pode ter consequências profundas na sua vida. Ele te surpreenderá com o seu final inesperado e impactante.
Se você gosta de histórias sobrenaturais, não deixe de ler O Sonho de Duncan Parrennes. Você pode encontrar o conto na íntegra no site Short Stories and Classic Literature. Você também pode conhecer outras obras de Rudyard Kipling, um dos maiores nomes da literatura inglesa, premiado com o Nobel em 1907. Caso queira saber o que mais postei sobre ele aqui no blog, basta clicar nesse link para abrir em outra aba a lista de posts do blog em que falo sobre Kipling.
Agora eu fico por aqui, pois o meu fantasma do futuro está me xingando e dizendo que eu deveria estar escrevendo os meus contos (e acho que ele tem certa razão). 👻
Até o próximo conto...