📖
Cara C.K.,
Escrevo-lhe esta carta para compartilhar com você a minha experiência de leitura de Drácula, de Bram Stoker. Eu sei que você é uma grande fã de histórias de vampiros e de literatura gótica, por isso achei que você gostaria de saber o que eu achei dessa obra-prima do terror.
Eu terminei de ler Drácula há poucos dias e confesso que fiquei impressionado com a história. Eu já conhecia o personagem de Drácula há muito tempo, pois ele é um dos vampiros mais famosos da cultura pop, ou talvez seja o vampiro mais famoso. Porém, devo dizer que a cultura pop criou novas releituras do personagem original e certamente ele foi engrandecido em certos aspectos, humanizado em outros e, graças a obras como a série de jogos Castlevania e depois a série da Netflix, bem como os vários filmes de Drácula, aprendemos com o passar do tempo que esse vampiro é um vilão romantizado. Por exemplo, em muitas adaptações, Drácula se apaixona por uma mulher que o faz lembrar da falecida esposa, ou então ele se tornou um vampiro após se revoltar contra Deus devido à morte de sua esposa, etc.
Mas o Drácula de Bram Stoker não é nada disso. Ele é um monstro, um demônio, um predador implacável que quer dominar o mundo com sua raça de desmortos. Ele não tem sentimentos, nem remorsos, nem piedade. Ele é um vilão clássico, que deve ser combatido e destruído pelos heróis da história, que são um grupo de pessoas corajosas, nobres e virtuosas.
A história é contada através de diários, cartas e jornais, o que dá um toque de realismo e suspense à narrativa. Nós acompanhamos os relatos dos personagens que se envolvem na luta contra Drácula, desde o jovem advogado Jonathan Harker, que vai à Transilvânia para fechar um negócio com o conde, até a sua esposa Mina Harker, que se torna vítima do vampiro e precisa ser salva antes que seja tarde demais. Também conhecemos o médico John Seward, que cuida de um paciente louco chamado Renfield, que tem uma estranha ligação com Drácula, o caçador de vampiros Van Helsing, que lidera a caçada ao monstro, e os amigos de Jonathan e Mina, que se juntam à missão: o rico Lorde Godalming, o americano Quincey Morris e o jornalista Jack Holmwood.
A história se passa em dois cenários principais: a Transilvânia, onde fica o castelo de Drácula, e a Inglaterra, onde ele se muda para expandir seu domínio. A Transilvânia é descrita como uma terra selvagem, cheia de mistérios e perigos, onde os habitantes são supersticiosos e temem o vampiro. O castelo de Drácula é um lugar sombrio, isolado e assustador, onde Jonathan Harker vive momentos de terror e angústia. A Inglaterra é o contraste, uma terra civilizada, moderna e iluminada, onde Drácula se esconde entre a multidão e ataca suas vítimas sem ser notado. Mas ele também causa estragos e pânico, transformando mulheres inocentes em vampiras sedentas de sangue e desafiando as leis da natureza e da ciência.
A história é cheia de cenas de horror, suspense e ação, que prendem a atenção do leitor e o fazem torcer pelos personagens. Há também momentos de romance, amizade e humor, que aliviam a tensão e humanizam os personagens. A linguagem é elegante, rica e poética, mas também simples e direta quando necessário. O autor usa muitas metáforas, símbolos e referências culturais, que enriquecem o texto e o tornam mais profundo e significativo.
Eu gostei muito da leitura de Drácula, pois aprendi muitas coisas sobre a origem e a evolução do mito do vampiro na literatura e na cultura. Eu também me diverti e me emocionei com a história, que é uma das mais famosas e influentes do gênero gótico. Eu recomendo a leitura de Drácula para todos os que gostam de histórias de terror, de vampiros e de literatura clássica.
Espero que você tenha gostado da minha carta e que ela tenha despertado o seu interesse pela obra de Bram Stoker. Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou crítica, fique à vontade para me responder. Em breve vou publicar uma versão mais completa dessa análise à respeito de Drácula.
Até a próxima!
Seu amigo, 🧛♂️