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Eu já mencionei em outros posts sobre as minhas aventuras pelo bairro do Guaraú em Peruíbe e também na Estação Ecológica Juréia Itatins. Acontece que esse lugar paradisíaco foi a minha inspiração para criar o cenário de um dos meus livros de fantasia sombria (que eu vou relançar em breve, após uma mudança de título e alguns ajustes de roteiro). De fato, o Guaraú e a natureza que o cerca é um lugar inspirador em vários sentidos. No meu caso em particular, o ambiente é algo fundamental nos meus textos, pois eu adoro explorar e acabo passando isso para as minhas histórias, criando um enredo que leva os personagens a explorar o ambiente que os cerca. Eu não tinha essa noção quando escrevi a aventura Os Segredos dos Suna Mandís que após percorrer uma longa estrada de terra batida, chegam ao um vilarejo pesqueiro envolto nas brumas do mar e do grande rio batizado de Dragão Fantasma. Bruma é um vilarejo sem igual; ao mesmo tempo em que é cercado pela exuberância paradisíaca da natureza, é palco de eventos sinistros que envolvem desde fantasmas até a ameaça constante de contrabandistass e piratas.
Fazia tempo que eu queria voltar para o Guaraú, mas vários fatores me impediram, como a pandemia, uma mudança de endereço, etc. Mas, finalmente pude fazer esse passeio com minha família, para renovar as energias e buscar um pouco mais de inspiração para concluir esse livro e finalmente republicá-lo e dar continuidade nesta saga literária.
Então resolvi fazer um breve resumo do meu passeio por lá, e aproveitar para indicar a pousada onde me hospedei, dar dicas de atividades na região e promover a Estação Ecológica Juréia Itatins (uma unidade de conservação ambiental muito importante para várioas espécies, incluindo os humanos que, por mais que teimem, são uma pequeno e frágil fio desse tapete de vida no planeta Terra). Aliás, indico muito a leitura deste artigo no site Mar Sem Fim, sobre a unidade de conservação e sobre conflitos e soluções buscadas ao longo de tempo para a região.
Minha estada no Guaraú foi breve desta vez, contudo foi bem agitada. Após atravessar Peruíbe e chegar lá no limite da cidade com os morros da Serra do Mar, que se erguem soberanos na linha do horizonte como uma muralha esmeralda que às vezes se veste com um manto de neblina que não deixa nada a desejar para o mistério mágico da névoa que protege a lendária ilha de Avalon, é possível pegar a estrada exótica que faz a travessia para esse bairro encantado de Peruíbe.
Vou falar um pouco sobre a pousada onde fiquei, mas começarei fazendo um brevíssimo relato do trajeto para chegar à Pousada Recanto Garça Vermelha, partindo já do portal que se pega em Peruíbe com destino ao seu bairro encantado.
Quem já fez esse trajeto e é amante da natureza sabe que chegar no bairro do Guaraú é uma aventura idílica para os sentidos, pois atravessar a Estrada do Guaraú; uma pista estreita de asfalto que serpenteia o morro do Itatins; cuja altura máxima chega a 500 metros acima do nível do mar, é por si só um espetáculo de paisagens verdejantes salpicado de vislumbres do mar. É preciso ter atenção no volante e na estrada e concentração para não se deixar distrair pelos encantos da natureza.
Da estrada é possível ver a floresta de mata Atlântica cobrindo o morro de ambos os lados da pista e, em alguns trechos, é possível ver o mar. Existem algnuns pontos dessa estrada que atrai muitos turistas interessados em tirar fotos do mar, como a Pedra da Serpente: um mirante magnífico que já está próximo da linha imaginária que delimita o mosaico de conservação ambiental chamado de Juréia-Itatins.
Por tanto, é preciso atravessar a Estrada do Guaraú com cautela, por conta dos turistas que por ventura podem estar com seus carros ou motos estacionados ao longo da estrada para fotografar a paisagem. Além de, claro, se concentrar mais na estrada do que na paisagem exuberante. Caso você tenha coragem de fazer essa travessia a pé ou de bicicleta ou seja o passageiro do veículo e não o condutor, é certeza de conseguir fotos incríveis e uma experiência deslumbrante de contato com a natureza. A minha experiência pessoal atravessando essa estrada é a de uma sensação de estar realmente mudando de ambiente; deixando o universo conturbado e cinzento da cidade para trás enquanto descortino um mundo natural que, infelizmente está ameaçado e cada vez mais escasso. É difícil encontrar lugares como o Guaraú, onde podemos nos reconectar com o mundo natural e desacelerar a nossa mente, encontrando um pouco de paz de espírito.
Durante a travessia da Estrada do Guaraú, é possível encontrar a entrada da Sede do Mosaico Juréia Itatins. Este é um lugar legal para buscar informações sobre a unidade de conservação e sobre as trilhas disponíveis na região.
Mas para chegar ao Guaraú, é preciso seguir em frente, até o sopé do Morro. Haverá uma padaria a direita de quem desce a estrada e uma rotatória, na qual deve sair da Estrada do Guaraú indo para a Esquerda e pegando a avenida Cezário Maria Faria e depois a Avenida Comendador Elvino Malagoli até chegar na altura da famosa Rua do Telégrafo. É na rua do Telégrafo que se deve virar (para a direita).
Após isso, é só seguir pela rua do Telegráfo até a encruzilhada com a Avenida Garça Vermelha. Nesse ponto, apesar de você estar em um bairro, já estará com a sensação de estar cruzando uma estradinha perdida em meio à floresta, pois nesse ponto as quadras do bairro ainda estão tomadas por mata virgem em sua maioria.
Depois de chegar na Av. Garça Vermelha, a pousada já estará bem próxima. E algumas quadras de verde à frente você vai chegar passar pelo grande muro branco da pousada, à esquerda de quem está vindo da rua do Telégrado até este ponto. O portão de entrada para os hóspedes fica a direita, na rua João Cordeiro, em uma rampa de madeira que dá acesso à pousada.
Vou falar um pouco sobre o Recanto Garça Vermelha, pois acredito ser importante compartilhar dicas de hospedagem com que busca pelo mesmo tipo de aventura que eu; isto é, do tipo que te coloca em contato com a natureza e sem que você perca a segurança e o conforto da sua família. Deixo claro que não estou ganhando nada em troca dessa dica, senão fomentar o turísmo ecológico, o qual acredito ser importante para ajudar a preservar os tesouros naturais que ainda temos em nosso país (e porque não dizer, que ainda temos no mundo).
O primeiro ponto positivo dessa pousada, é que ela está localizada em um lugar excelente para quem deseja usufruiur das maravilhas naturais desse recanto paradisíaco do litoral Sul e também esportes na natureza. Por exemplo, para quem gosta de curtir a praia com a família, basta caminhar um poucos minutos para chegar na areia. Essa caminhada breve passa por um trecho de rua de terra batida, cruza a ponte do Barça (famosa localmente) que atravessa o mangue e um bracinho do rio Guaraú. Após a ponte é só atravessar uma trilha que segue quase em linha reta pela área de restinga até chegar à praia do Guaraú e ao mar (sendo ainda mais preciso, a pousada Recanto Garça Vermelha está a apenas 900 metros da praia, como é possível ver no mapa abaixo).
Mas se você é como eu, que não consegue ficar parado na areia curtindo a praia e fica entediado rapidamente após se molhar um pouco na água do mar, você pode ainda seguir para a direita na praia, até a foz do rio, onde é possível alugar caiaques nos finais de semana para quem gosta de remar e se aventurar pelo rio. Do outro lado desse braço do rio, há uma empresa que aluga barcos para diversos tipos de passeios. Eu já fiz uma vez um passeio de barco até a ilha do Guaraú, onde é possível mergulhar no mar e tirar fotos da ilha. Dali, o barco leva os passageiros até uma ilha deserta (cujo número de visitantes é controlado) onde é possível curtir a praia, fazer piquinique e tirar fotos em uma paisagem deslumbrante.
Mas existem também outros tipos de passeio para quem curte a natureza e que estão bem próximos àqueles hospedados no Recanto Garça Vermelha, pois de lá é possível ter acesso fácil (para quem está de carro ou curte andar a pé ou de bicicleta) para fazer diversos tipos de trilhas uma vez que se encontra no bairro de Peruíbe que faz divisa com a Estação Ecológica Juréia Itatins. Inclusive, trilhas a pé até o topo do morro do Itatins, ou trilhas que passam por rios, cachoeiras, praias desertas, etc. Além disso, é possível fazer incríveis passeios de bicicleta, com destinos como as corredeiras do Perequê, a cachoeira do paraíso e para aqueles mais dispostos, é possível ir até a Barra do Una (mas neste caso eu aconselho a companhia de guias locais, pois o trajeto é mais longo, e um guia local vai trazer não apenas segurança, como também permitirá aos aventureiros conhecer melhor a região e aproveitá-la ao máximo).
Não posso deixar de mencionar os passeios de Jeep pela Juréira. Eu mesmo já fiz um passeio desses uma vez, que passou por diversos lugares ao longo do caminho, com destino final na Barra do Una.
Voltando para a pousada, além da sua localização privilegiada para aproveitar a região, o Recanto Garça Vermelha possui chalés espaçosos que contam com cozinha, banheiro, geladeira, microondas, cafeteira, ar condicionado e ventilador. Isso é ótimo porque, após tantas aventuras pelas redondezas, contar com um pouso confortável para descansar é algo muito (mas muito) bem vindo.Além de um espaço amplo e equipado para prover descanso, há também na pousada um amplo salão de jogos e uma piscina grande com cascata. Além de um espaço grande com churrasqueira, e um mesa de madeira para reunir as pessoas para um café da manhã em grupo. Sem contar nas árvores que são visitadas durante o dia por pássaros de cores majestosas e de noite por morcegos (eu adoro observar os morcegos de noite; são criaturas incríveis e que apesar do preconceito que sofrem, são importantíssimos para a polinização das plantas e controle dos insetos). Aliás, eu tentei gravar os morcegos passeando pela pousada durante a noite, mas acho que não ficou muito claro na minha câmera.
Enfim, essa pousada é um lugar é excelente e convidativo para receber famílias e grupos de aventureiros que adoram desbravar a natureza e também para pessoas que querem apenas relaxar em meio a natureza exuberante do litoral Sul. Um lugar que recomendo também para observadores de aves e animais em geral. Além de tudo a pousada aceita famílias com cães de pequeno porte. Agradeço ao Felipe e ao Roberto e sua família pelo excelente atendimento. Por tudo isso, eu certamento recomendo a pousada para quem quer desbravar o Guaraú e Estação Ecológica à sua volta.
No primeiro dia, curtimos o salão de jogos da pousada; eles tem mesa de sinuca, pebolim, mesa para carteado, mesa de Aero Hockey e até mesmo fliperama (que a Diana e a Michelly adoraram).
Minha esposa e eu duelamos em uma partida de sinuca enquanto aguarda vamos minha irmã terminar de se instalar em seu quarto.
Depois de nos instalarmos e explorarmos a pousada e seu salão de jogos, visitamos a praia do Guaraú já depois do por do sol, para observar a lua cheia e as estrelas. A noite estava fria, mas a lua estava magnífica. Lamento não ter uma câmera melhor e mais habilidade para tirar fotos para poder demonstrar um pouco como as coisas simples podem ser belas e impactantes. Apesar da minha câmera ruim e da minha falta de habilidade com fotos, fiz o que puder para tentar registrar um pouco o momento. Nós fomos andando do início da praia (lugar que durante o dia, nas épocas de calor, fica mais movimentado) até mais ou menos o meio, próximo ao lugar onde é possível atravessar a ponte do Balça (ou passarela do Balça, que eu citei anteriormente). Neste ponto da praia, durante a noite, é bem escuro, pois os holofotes dos estabelecimentos mais próximos do inicio da praia não alcançam a areia. Sendo assim, é possível curtir melhor a iluminação natural do céu noturno. As montanhas da Juréia, ao fundo, na direção oposto ao mar, tornam-se apenas vultos escuros que mal se distinguem na noite.Nós rimos, conversamos, tiramos fotos e caminhamos durante um bom tempo. A Lilian e as crianças até molharam os pés na água do mar (que devia estar bem gelada), enquanto minha irmã e eu ficamos mirando as estrelas em busca de obejtos voadores não identificados (afinal, Peruíbe tem certa fama com os extraterrestres, sendo um lugar que não deixa nada a desejar para a fictícia Gravity Falls no Oregon e que seria um cenário perfeito para um dos episíodios de Arquivo X, caso o seriado fosse brasileiro).Depois de passarmos um bom tempo curtindo o som do mar iluminado apenas pela lua e pelas estrelas, voltamos para o carro pensando no próximo passo do passeio noturno e, como bateu uma fome, minha esposa lembrou que estava tendo quermesse no Guaraú (dica que recebemos do Roberto, o caseiro do Garça Vermelha).
A quermesse foi muito boa e curtimos música ao vivo ouvindo alguns rocks nacionais que achava que ninguém mais se lembrava. O lanche estava ótimo, apesar de ter demorado um pouco para ficar pronto. Eu fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que se reuniram ali, pois o bairro do Guaraú passa a impressão de ser um lugar com poucos pessoas, ainda mais no inverno, mas a verdade é que o bairro é bastante grande e esparço, mostrando que há mais pessoas ali do que se pode imaginar em uma primeira vista. Além, é claro, dos turistas que sempre somam no número de pessoas hospedadas na região.
No segundo dia nesse bairro paradisíaco de Peruíbe, acordamos um pouco tarde (
afinal, ficamos bastante tempo na quermesse e depois de chegar em casa eu ainda fiquei lendo um bom tempo na cama: levei comigo para essa viajem dois livros: o Entrevista com o Vampiro; que estou relendo, e Clássicos Sobrenaturais Japoneses).Como resultado saímos no segundo dia para visitar a praia depois das 11 horas da manhã. Mas ainda assim foi possível curtir um pouco o sol no Guaraú e tirar várias fotos da paisagem.
A minha irmã e a Michelly foram para a praia primeiro e nós fomos encontrá-las na beira do mar. Estava frio e havia poucas pessoas na praia, o que é normal para essa época do ano. Ainda assim, comparado com as demais praias do litoral sul de São Paulo, o Guaraú sempre possui menos turistas; e acredito que é assim por ela ser também uma das praias mais distantes no sentido Sul.
Depois fomos caminhando até a foz do rio Guaraú, pude levar a Diana para o seu primeiro passeio de caiaque. Apesar de termos nos aventurado no braço mais raso do rio, levamos 1 hora para fazer todo o trajeto e a Diana demostrou que puxou a força dos meus braços na hora de ajudar a remar e não reclamou em nenhum momento da jornada.
Da próxima vez vou levar a Michelly comigo e talvez também a minha irmã se ela tiver coragem de encarar o desafio. A Lilian já me disse que não tem muito interesse, mas eu ainda pretendo levar ela também para dar uma volta de caiaque comigo, mas talvez no próprio rio Guaraú ou quem sabe em outro lugar. Mas ela vai precisar de bastante protetor solar e também de um chapéu para proteger a cabeça, pois ela é sensível à luz solar e devo dizer que a luz do sol refletindo na superfície da água causa um estrago, mesmo em um mês frio como Julho.Da minha parte, preciso aprender a nadar, antes de me arriscar em rios maiores e com correntezas mais fortes. Enquanto não cumpro com essa parte do meu aprendizado, é melhor ficar nos rios razos e calmos, pois há uma verdade sobre rios: podem ser mais perigosos que o mar e, por isso, é importante sempre usar o colete salva-vidas e não ultrapassar seus limites.
Depois de gastar tanta energia, resolvemos fazer uma pausa para poder encarar o turno da tarde revigorados. Então fomos almoçar. Resolvemos conhecer um restaurante pelo qual passamos no caminho até a ponte do Balça (é uma ponte que cruza o rio por onde andamos de caiaque e da acesso a praia na parte em que o bairro é mais afastado da pista de asfalto que leva até a praia).
Gostamos bastante do almoço, do preço e do atendimento no local. Esse restaurante fica praticamente em frente à passarela do Balça, quando voltamos da praia para o bairro do Guaraú pela ponte sobre o mangue.
Após essa pausa para recarregar as energias, nos dividimos. Minha esposa foi encontrar a irmã e a mãe para curtirem a praia com as crianças enquanto que minha irmã e eu saímos para fazer uma caminhada pela estrada que leva Juréia adentro, de modo que seguimos pela estrada de terra batida que segue pelos sopés dos morros da serra do mar até o município de Iguape. Claro, não tinhamos a pretenção de ir tão longe e nem seria possível fazer isso a pé sem gastar vários dias e ter um elaborado esquema logístico arquitetado, de modo que pensamos em tentar chegar apenas até as corredeiras do Perequê.
Isso significa que aumejamos caminhar cerca de sete quilômetros nessa estrada até chegar nas corredeiras, mas devido ao horário (e também por não termos nos preparado para essa caminhada e minha irmã nem estava com os calçados apropriados, etc), tivemos que dar meia volta quando alcançamos um pouco mais de 4 dos 7 quilômetros do trajeto. Eu decidi que já era hora de voltar quando faltava uma hora para o sol se por. Se tivessemos insistido em chegar nas corredeiras, teríamos de percorrer toda a estrada de volta para a praia no escuro (o que eu não recomendo, sem que seja feito todo um preparo para isso, considerando que não moramos na região e não conhecemos completamente o trajeto). Mas confesso que a ideia é tentadora, pois eu adora fazer trilhas noturnas (desde de que com segurança, claro).
Acho que essa caminhada (um verdadeiro trekking) foi a parte mais puxada do passeio e eu me lembrei dos personagens andarilhos da minha saga literária: os Suna Mandis Edin e Dion chegam ao vilarejo de Ergatan (o vilarejo das Brumas) percorrendo uma estradinha de terra batida não muito diferente da que percorremos. Mas não poderia ser diferente, visto que me inspirei no Guaraú para construir o cenário desse livro.
Conforme eu imaginei, a Kelly e eu chegamos ao final do nosso trajeto no escuro, porém já estávamos na estrada asfaltada que leva até a praia. A Lua Cheia já estava radiante no horizonte. E fomos pela areia encontrar a Lilian, Diana, Michelly, a dona Áurea e a Lucimara que estavam acampadas na areia da praia do Guaraú tirando fotos da Lua e nos esperando para encerrar a noite com mais uma passada pela quermesse do Guaraú. O caminho até a quermesse contou com a travessia da passarela do Balça no meio da noite, o que acho que contou como uma iniciação em trilhas noturnas para as crianças que puderam ver até mesmo vagalumes: criaturas magníficas e que já sumiram das cidades onde moramos há bastante tempo. Pena que não tirei nenhuma foto dessa travessia, mas acho que de nada adiantaria: minha câmera não conseguiria captar muita coisa mesmo.
Chegamos à quermesse uns quarenta minutos após deixarmos a praia. Dessa vez a banda de música ao vivo trazia a vida vários flashbacks de músicas antigas. O lanche estava ótimo e depois da longa caminhada eu caprichei em um lanche de pernil e um espeto de coração de frango com quentão para espantar o frio, a fome e o cansaço.
O dia seguinte foi o último de nossa estada no Guaraú. O clima parece ter percebido que estávamos de partida e por volta das 12 horas nos recebeu com uma cortina de névoa e nuvens. Mas o clima cinzento não nos abalou. Deixamos Guaraú apenas após darmos um passeio na praia, indo até a foz do rio. Fizemos as malas e deixamos a pousada Recanto Garça Vermelha e nos despedir do Roberto, sua esposa e das aves coloridas que estão sempre por lá (eu inclusive vi, antes de partirmos, um pássaro de um vermelho bem vivo: mas não era uma Garça).
Após deixar o Guaraú, passeamos o restante da tarde pelo centro de Peruíbe, que, aliás, está passando por umas reformas na orla: eles tem agora quadras de basquete e uma pista onde dá para andar de skate, bicicross e patins. Ao que parece até o aquário vai entrar nessa reforma que ainda está em andamento.
Tiramos algumas fotos em alguns pontos do centro da cidade, na orla, e depois seguimos para Itanhaém, onde deixamos minha irmã na rodoviária. Ela voltou para o mundo de Oz primeiro. As baixinhas e eu ainda vamos ficar em Itanhaém por mais uns dias antes de subir a serra.
Depois de tanta aventura, praia e passeios, eu já quero mais. Afinal, que enjoa de coisa boa?
Mas agora vou ficando por aqui. Tenho muito o que ler e anotar, pois quando eu voltar para a rotina, vou ter muitos livros para terminar (inclusive, alguns antes do Halloween).