Feliz 2025: Navegando por um Mundo em Constante Mudança

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É manhã de quinta-feira aqui no Sudeste brasileiro. O ano é 2025 e estamos no dia 2 de janeiro. Pois é, 2024 se foi como vento, carregando consigo alguns grãos de areia de incontáveis castelos espalhados por este nosso mundo.

Achei que me faria bem começar o ano com uma página do meu diário, mais especificamente do meu Caos Diário, refletindo sobre a passagem de 2024 para 2025. Como escritor, devo dizer que 2024 foi um ano um tanto quanto frustrante, pois como já mencionei em outros posts por aqui, escrevi muito, mas não concluí nenhum de meus novos textos. Os contos que tanto almejei para o Halloween e Natal de 2024 ficaram a ver navios.

Por outro lado, tenho muitas histórias quase prontas para publicar ao longo de 2025, se eu organizar a minha agenda de forma estratégica e buscar ajuda para projetos paralelos (que não envolvem a escrita propriamente falando).

E como escrevi até um pouco depois do natal, resolvi passar os últimos dias do ano curtindo a família, com nossas conversas e debates acalorados durante as refeições e celebrando o ano novo. Até cantei algumas músicas no karaokê na virada do ano (aliás, a ideia do karaokê foi da minha esposa). A música que eu mais gostei de cantar com a minha filha foi Bink’s Sakê do anime One Piece. Eu adorei a letra e resolvi começar 2025 embalado por sua melodia e filosofia:

Com um saquê de Bink em mãos, nós cantamos a canção

Vamos todos juntos velejar por esse mar

Você deve ser você, no fim só ossos vamos ser

Então apenas viva a vida como conseguir

Yo, ho, ho, ho, yo, ho, ho, ho

Navio Pirata comemorando o ano novo

Então faço votos de que 2025 seja um ano de muitas conquistas (para todos nós que sabemos que o mundo é algo mais do que os olhos físicos são capazes de ver) e que muitas portas se abram (nem que seja na base da pesada, pois como diria a máxima latina: Fortis Fortuna Adiuvat, ou seja, "a sorte sorri para os corajosos"). Afinal, o mundo é como um vasto oceano de oportunidades que devemos desbravar com espírito de aventura. Ainda assim, devemos aproveitar essa aventura da melhor forma possível, pois esse oceano pode ser assustador às vezes e para que a nossa bússola nos guia na direção certa, devemos saber quem somos e o que queremos, não é mesmo?

Há muito medo e preocupação mundo afora, dentre os quais, suponho que os principais (no meu ponto de vista) são: mudanças climáticas, guerras, tensões políticas, ascensão da extrema direita e a ameaça tecnológica em relação à força de trabalho humana. Isso faz com que os indivíduos humanos se sintam pequenos e frágeis diante de um mundo grande e ameaçador. Como diria um sábio professor de cabelos grisalhos "o mundão é grandão e tem muita gente nele": gente boa e gente ruim também. Mas aprendi que a maioria das pessoas tende para o bem, enquanto que as que tendem para o mau são minoria. Então, por qual motivo há tanto caos no mundo?

Simples: por que as pessoas boas se omitem e deixam a minoria ditar os rumos do mundo. Seja por medo, preguiça, conveniência, entre outros motivos, as pessoas "boas" em sua maioria estão paralisadas. Eu diria até que estão paralisadas sem perceber, sendo manipuladas pelos deuses modernos: complexos sistemas que agem em uníssono para orquestrar a valsa humana no mundo; como o dinheiro, a política, a cultura, etc.

Não é fácil se posicionar em mundo tão ameaçador e cujos sistemas de controle são tão sofisticados em se tratando de dizer como devemos viver nossas vidas. Porém, se não formos corajosos, a fortuna não sorrirá para nós, e as oportunidades de colocar o mundo nos trilhos vão passar, enquanto uma minoria conduz a nossa carroça cósmica em direção a um pântano caótico cada vez mais profundo.

Não estou sugerindo que ninguém comece o ano de 2025 planejando como reformar o mundo, ou como reverter as mudanças climáticas ou a fome no mundo. Não, não. Não se trata disso. O que eu sugiro é que comecemos o ano de 2025 nos perguntando se estamos vivendo a vida que gostaríamos de viver e, caso a resposta seja não, então talvez seja hora de começar a refletir sobre o motivo disso. Como diria outro sábio mestre, "está na hora de fazer as grandes perguntas: quem nós somos e o que nós queremos". Esse é, talvez, o melhor remédio para sairmos dessa "matrix", dessa teia sofisticada que o mundo moderno usa para nos fazer viver a vida no piloto automático, vivenciando repetidamente a sensação de "nossa, mais um ano se passou sem que eu o visse".

Por qual motivo "não vemos o ano passar"? Por qual motivo "vivemos no piloto automático, preocupados apenas com o pão, o circo e as contas a pagar"?

Ao viver no piloto automático, coisas como "as mudanças climáticas", a "evolução tecnológica", as "guerras", etc, acabam nos pegando de surpresa. Para alguém que acompanha os sinais com atenção, nenhuma dessas "calamidades" surgiu da noite para o dia e as oportunidades de enfrentá-las quando ainda eram ameaças pequenas ficaram para trás. Nenhuma dessas "calamidades" foi vista por essa "maioria de pessoas boas", pois elas estavam ocupadas com as distrações do mundo moderno.

Mas o que poderiam estas pessoas "boas" caso não estivessem distraídas? Por mais que a sensação geral seja de "impotência" diante de assuntos tão grandes e amedrontadores, a verdade é que cada pessoa é mais capaz do que imagina. A opinião pública, por exemplo, é capaz de pressionar lideranças políticas e cobrar por ações em uma determinada área (como a história já provou; a opinião pública pode pôr fim à guerras, bem como pode iniciá-las). Além da opinião pública, a ação coletiva das pessoas também pode resultar em ações formidáveis; muitas iniciativas públicas já existem com a intenção de reverter mudanças climáticas, recuperar florestas, etc. Além disso, ao parar para observar o mundo e refletir sobre quem somos e o que queremos, acabamos refletindo também sobre o mundo que queremos. Nestas reflexões surgem as oportunidades para descobrir "ações", "mudanças de hábito" e "escolhas mais conscientes" para tornar o mundo um lugar melhor com pequenas ações… Mas ideias para grandes ações também podem surgir, caso paremos para refletir sobre o assunto.

Acredito que 2025 deva ser encarado sem medo e que as ameaças que pairam sobre o mundo sejam vistas como oportunidades de mudanças, pois elas vão tirar as pessoas de sua zona de conforto.

O que eu desejo é que as pessoas que deixarem a sua zona de conforto façam as perguntas mais importantes da nossa vida: quem eu sou? O que eu quero? E "em que mundo eu quero viver?".

Só depois de fazer essas perguntas é que podemos começar a sonhar com a possibilidade de realmente mudar o mundo para melhor.

Enquanto essa consciência individual não brotar em um grande número de pessoas, os "deuses" do mundo moderno vão continuar guiando a nossa carroça cósmica para um pântano de escuridão e caos.

Esse "sermão" de início de ano é endereçado para mim mesmo. Não que eu já não tenha feito essas perguntas antes. Já as fiz e já observei os sinais de algumas das tais "calamidades" públicas do mundo moderno ao longo dos anos (sobretudo as "mudanças climáticas" e o "avanço tecnológico"). No entanto, acredito que é hora de fazer essas perguntas novamente e renovar meus votos, por assim dizer. O que afinal eu quero do mundo em que vivo? O que eu posso fazer para contribuir?

São perguntas complexas. As respostas são ainda mais difíceis. Mas a reflexão sobre essas questões é ainda mais importante do que as respostas propriamente falando, pois essa reflexão nos deixa preparados para vislumbrar as oportunidades, assim que elas aparecerem.

Ainda não sei o que vou mudar neste ano. Nem sei o que está ao meu alcance. Mas vou ficar atento.

Desejo o mesmo para todas as pessoas "boas" que estão por aí. Principalmente as que estão preocupadas com as ameaças que pairam sobre 2025 e sobre o nosso futuro.

E não nos esqueçamos:

Vamos todos juntos velejar por esse mar

Você deve ser você, no fim só ossos vamos ser

Então apenas viva a vida como conseguir

Yo, ho, ho, ho, yo, ho, ho, ho


Feliz 2025 a todos.